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Inconformada com o tratamento dado pela patrocinadora Eletrobras à questão do seguro de vida, a APEL solicitou uma reunião com o Diretor de Administração, Sr. Miguel Colasuonno. Nessa reunião, os dirigentes da APEL, que foram acompanhados do Presidente da Eletros, Sr. Marco Aurélio Orrego da Costa e Silva, manifestaram sua insatisfação para com a maneira com que o assunto vem sendo tratado...

Inconformada com o tratamento dado pela patrocinadora Eletrobras à questão do seguro de vida, a APEL solicitou uma reunião com o Diretor de Administração, Sr. Miguel Colasuonno. Nessa reunião, os dirigentes da APEL, que foram acompanhados do Presidente da Eletros, Sr. Marco Aurélio Orrego da Costa e Silva, manifestaram sua insatisfação para com a maneira com que o assunto vem sendo tratado e entregaram, ao diretor, uma carta, que é transcrita a seguir:

O diretor manifestou receptividade para com os nossos argumentos, mas não prometeu nada diferente do que fora anunciado pela Eletros, ou seja, que a atual apólice fora prorrogada até 31 de dezembro de 2011, enquanto não é concluída a licitação para contratação da nova apólice.


APEL-011/2011
Rio de Janeiro, 11 de julho de 2011.

Ilmº Sr.
Miguel Colasuonno
Diretor de Administração
Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRAS

Senhor Diretor

Reportamo-nos à questão da Apólice de Seguro de Vida contratada pela nossa empresa, a Eletrobras, para os seus empregados e seus aposentados. Vale ressaltar, de pronto, que se trata de um seguro em vigência há mais de 20 anos, sendo, dessa maneira, não apenas um hábito, uma tradição, mas um verdadeiro direito dos aposentados.

Quando, acima, nos referimos à "nossa empresa" é porque assim nós, os aposentados, a consideramos. Trata-se da empresa para a qual nós, sem falsa modéstia, colaboramos para que viesse a ter a expressão e a importância que tem. Muito fizemos para o seu crescimento, seu desenvolvimento, sua consolidação, ainda que esse pormenor seja, por vezes, desconhecido por parte de alguns de nossos sucessores, nossos futuros colegas de aposentadoria.

Voltando à questão da apólice, desejamos dizer do susto e da decepção que tivemos, em janeiro deste ano, quando sentimos no nosso contracheque, na nossa conta bancária, o nível do reajuste (20%) então praticado para o seguro. 20% (vinte por cento) não é um índice que estivesse sendo praticado para praticamente nenhum outro bem, serviço ou contrato. Foi, portanto, um enorme impacto, que veio, em muitos casos, neutralizar o reajuste das próprias aposentadorias, praticado pela Eletros. Este impacto levou a que alguns aposentados se vissem na circunstância de se retirarem da apólice, impossibilitados que ficaram de continuar a custeá-la.

Naquele momento, tivemos a informação, passada pela Eletros, de que a licitação para renovação da apólice, que deveria ter sido realizada durante o exercício de 2010, de modo que fosse ajustada ao término de sua vigência (dez/2010), não houvera sido concluída e que a apólice seria prorrogada até junho de 2011, tempo necessário para conclusão da licitação.

Qual não foi nossa surpresa - novo susto, nova decepção - quando soubemos, no último dia 8, que a atual apólice seria prorrogada até o fim de 2011, carregando, com esse novo atraso, o ônus dos 20% a mais no seu custo. Referimo-nos a esse valor a maior porque temos confiança em que o resultado da licitação tenderá a revelar um valor inferior ao que vem sendo praticado, permitindo, assim, a redução de um ônus que, nesse caso, terá perdurado por um ano inteiro.

Sintetizando, Senhor Diretor: essa licitação deveria ter sido concluída durante o ano de 2010. Não conseguimos compreender bem porque é necessário um ano inteiro a mais para sua conclusão.

No entanto, apesar disso, confiamos que V.Sa. estará atento à necessidade de que os aposentados da nossa empresa não venham a ser mais prejudicados do que já estão sendo com o atraso da licitação.

Atenciosamente,

Marcio Cavour
Presidente·da APEL